Escala de Richter
Com os últimos acontecimentos que ocorreram no Haiti, rendendo até algumas afirmações de “especialistas” no assunto, sabemos que o terremoto que assolou o país que já tem problemas ficou ainda pior. O terremoto de magnitude 7 da escala de Richter que aconteceu no dia 12 de janeiro e outro de magnitude 6 que aconteceu dia 20 não foi algo de macumba ou de Deus. Sabemos atualmente que isso ocorre devido a movimentação das placas tectônicas sobre o manto terrestre.
Os terremotos não são iguais. Há os mais fortes, os mais fracos e alguns são imperceptíveis para os humanos: só sabemos que ocorreu um terremoto graças a aparelhos que inventamos que são mais sensíveis que os sentidos humanos, o sismógrafo.
O sismógrafo é um aparelho que mede as ondas sísmicas e, por incrível que pareça, ele não é uma invenção recente. O primeiro aparelho que funcionava do mesmo jeito foi inventado na China por Cheng Heng no ano 132. Chamado de sismoscópio tinha um formato bem diferente do atuais aparelhos e sua função era determinar de onde veio o tremor e não sua intensidade. Atualmente se determina o epicentro de um terremoto usando diversos sismógrafos em rede. Assim é possível determinar a posição de onde o terremoto aconteceu.
Já que os aparelhos atuais determinam a intensidade de um terremoto, é preciso criar uma tabela que quantifique essa intensidade. Por isso, em 1935 os sismólogos Charles Richter e Beno Gutenberg, membros da Caltech criaram, após analisar dados de inúmeras vibrações sísmicas no estado da Califórnia desenvolveram a escala que preservou apenas o nome de um sismólogo, deixando Gutenberg no esquecimento.
A escala de Richter é uma escala logaritmica. Assim um tremor de magnitude 6 é 10 vezes maior que um de magnitude 5. Porém o de magnitude 6 libera 31 vezes mais energia do que o de magnitude 5. Tremores menores que 3,5 geralmente não sentidos e podem ser captados apenas por sismógrafos.
Muitos fatores determinam o quão arrasador é um terremoto. Fatores como a a distancia do epicentro da superfície e o tipo de terreno podem modificar mais ou menos a paisagem, mesmo sendo um abalo do mesmo valor.
Descrição | Magnitude | Efeitos | Frequência |
Micro | < 2,0 | Micro tremor de terra, não se sente | ± 8000/dia |
Muito pequeno | 2,0 a 2,9 | Geralmente não se sente, embora seja detectado por aparelhos | ± 1000/dia |
Pequeno | 3,0 a 3,9 | É sentido, mas raramente causa estragos | ± 49000/ano |
Ligeiro | 4,0 a 4,9 | Tremor de objetos e alguns poucos danos | ± 6200/ano |
Moderado | 5,0 a 5,9 | Causa danos em edifícios mal feitos e poucos danos em edifícios bem construídos | ± 800/ano |
Forte | 6,0 a 6,9 | Pode ser destruidor em regiões habitadas | ± 120/ano |
Grande | 7,0 a 7,9 | Pode proovocar danos graves em vastas áreas | ± 18/ano |
Importante | 8,0 a 8,9 | Sérios danos em área de centenas de quilômetros | ± 1/ano |
Excepcional | 9,0 a 9,9 | Devasta num raio de milhares de quilômetros | ± 1/20 anos |
Extremo | > 10,0 | Não há registros | Desconhecido |
Escala de Richter.
A escala de Richter não pode medir a intensidade de um terremoto em zonas urbanas. Para isso, é usada a escala de Mercalli. Embora treinados, os técnicos dependem muito da subjetividade, já que a escala se baseia na observação humana.