A moderna vida dos Homo erectus

 

Reconstrução artística do Homo erectus em Westfälisches Museum für Archäologie na cidade de Herne, na Alemanha. Você acorda, toma o café da manhã acompanhando as notícias da TV. Vai ao trabalho e, a pedido do chefe, tem que gerar relatórios, fazer isso e aquilo. À noite, depois de chegar em casa e tomar um belo banho, seguido de um jantar, assiste um pouco de TV e vai dormir. Essa é a nossa vida moderna, cheio de movimentos, “engolimentos de sapos” e outras coisas.

Bom, parece que nem isso nós, Homo sapiens, criamos. Pelo menos é o que parece para Naama Goren-Inbar, arqueóloga do Instituto de Arqueologia Hebraica de Israel responsável pela escavação do sítio Gesher Benot Ya'aqov qur fica no norte de Israel.

De acordo com Goren-Inbar, foram encontrados no sítio arqueológico diversos artefatos como machados, furadores, raspadores entre outros, possivelmente para processamentos de sementes e frutos do mar. O interessante, de acordo com a arqueóloga, é a disposição dos artefatos em vários pontos do sítio, o que indica uma espécie de organização de espaço, onde cada coisa estaria sendo feito em um determinado local.

Baseado nisso, podemos imaginar que, se fossemos visitar esse local, encontraríamos mulheres trabalhando processando frutas, sementes e alguns animais como peixes, enquanto os homens estariam caçando. Essa divisão de trabalho, que acreditamos ter surgido com a nossa espécie, na verdade parece ter surgido a mais de 500 mil anos atrás, época em que nem sonhávamos em aparecer por aí.

Ainda de acordo com Goren-Inbar, o destaque é que eles descobriram que nossos parentes distantes já comiam peixe.

O arqueólogo Dani Nadel concorda com o aparecimento precoce do comportamento humano moderno. Atividades diárias, desde enterro dos mortos e a organização social do Homo erectus são encontrados em vários sítios arqueológicos.

Agora temos cozinhas, salas de estar e quartos de dormir", disse Nadel. "Mas tudo começou em algum lugar do passado".

Fonte: National Geographic e Ceticismo.net. Imagem Wikipedia Commons.

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