O quão insignificante…
Aquele pequeno ponto, que está destacado na imagem, tem uma história incrível: naquele ponto batalhas e histórias de amor aconteceram. Naquele ponto, milagres acontecem todos os dias. Naquele ponto, explicações para as coisas que ocorrem dentro e fora daquele ponto são propostos. Naquele ponto, pontos ainda menores dentro dele correm atrás de um ideal. Naquele ponto, desastres acontecem. Naquele ponto, eu e você vivemos nele. Esse pequeno ponto é a Terra, nosso único lar.
É incrível como uma imagem pode nos fazer pensar tanto sobre as coisas que fazemos ao nosso semelhante. Essa imagem, tirada a mais de 6 bilhões de quilômetros foi feita em 1990 pela equipe da NASA responsável pela Voyager 1. Ela nos faz refletir se realmente tudo que fazemos aqui na Terra (principalmente as coisas ruins que fazemos uns contra os outros e principalmente contra nosso grande lar no Universo) pode ser considerado um caso isolado. Se a ganância por sempre querer mais é justificável.
Talvez a primeira imagem da Terra que realmente nos situa no espaço e mostra a incrível fragilidade de onde moramos seja a foto com o carinhoso apelido de “A Bolinha Azul”. Tirada na missão Apollo 17 cerca de 55 mil quilômetros de distância em 1972 é, quase sem sombra de dúvidas, a imagem da Terra mais usada na história. É impressionante saber que hoje, quase 7 bilhões de seres humanos, outros tantos bilhões de seres vivos que muitos nem sabemos de sua existência moram, comem, respiram, se apaixonam, brigam e se reproduzem nesse pequeno ponto. Isso sem falar de tantos outros seres vivos que passaram nesse planeta e que deixaram sua marca na história geológica.
Uma das coisas que me fascinam na espécie humana é a capacidade de explorar. Ainda não dispomos de meios seguros para mandarmos uma pessoa para muito longe da Terra. Mas podemos mandar uma de nossas muitas invenções. Se antes a exploração de novas terras eram feitas com ajuda de navios e caravelas, hoje a exploração de novos mundos são feitos com telescópios e robôs. Em março de 2008, a sonda exploratória Spirit que está no planeta Marte tirou uma foto incrível do céu marciano.
A Terra, de Marte, mais parece uma estrela, um pontinho reluzindo fracamente no céu marciano. Antes de eu ter conhecimento dessa imagem eu olhava para o céu e quando identificava Marte como um pontinho levemente alaranjado eu me transportava para aquele planeta, olhando para cima e vendo, no céu noturno de Marte, um ponto levemente azulado onde estaria bilhões de pessoas vivendo suas vidas. Agora temos robôs que, no sentido antigo da palavra, exploram novos mundos para gente e mostram o quanto temos a aprender com o cosmo.
E para finalizar, sempre vemos imagens da Lua e Terra muito próximas e numa escala, muitas vezes, desproporcional entre elas. O artista Drew Olbrich com isso em mente resolveu mostrar numa escala muito próxima do real, a real distância entre a Terra e a Lua.
O fotógrafo que fez essa imagem, se fosse feita de verdade, deveria estar a no mínimo 400 mil quilômetros de distância. Se fôssemos reproduzir alguma nave espacial, como a Apollo 17 que falei anteriormente num único pixel dessa imagem, usaríamos mais de 10 televisores Full HD para formar a imagem e nessa gigantesca imagem, apenas um pixel representaria a nave espacial. Os três tripulantes que estão lá dentro sequer ocupam a menor unidade de imagem. Agora imagine as pessoas da Terra. Dessa distância, somos menores que pixels, dos confins do Sistema Solar, a Terra ocupa alguns pixels, o que somos para a vastidão do cosmo? Cuidemos de nosso lar, pois ainda ele é o único lugar onde é possível vivermos.
Este é o post de número 100! Obrigado por quem acompanha o blog!