Metade macho, metade fêmea…
O sexo é algo físico (ou seja, determinado pelas gônadas sexuais), psicólogico (aquilo que o indivíduo acredita ser, seja homem, mulher ou homossexual) e genético (determinado pelos cromossomos que, no caso humano, são X e Y). Hormônios e genética determinavam o comportamento sexual (controlado pelo cérebro). Mas uma pesquisa recente publicada por Arthur Arnold e seus colegas na Proceedings of National Academy of Sciences mostrou que os cromossomos sexuais são importantes para surgir diferenças de gêneros no cérebro.
O simpático mandarim (Taeniopygia guttata), representado na imagem ao lado, era ginandromorfo (como se fosse hermafrodita para nós humanos). O pássaro tinha características de macho, embora tivesse órgãos masculinos e femininos. Os cromossomos que determinam macho em aves são ‘ZZ’ e nas fêmeas são o ‘WZ’. O que a equipe descobriu é que o cérebro do animal estava com os dois tipos sexuais! A metade direita do cérebro do mandarim praticamente não continha cromossomos ‘W’ e a metade esquerda estava completa de cromossomos ‘W’ e quase nenhum cromossomo ‘Z’. O cérebro do animal estava divido em masculino e feminino. De acordo com Arnold, o cérebro do pássaro estava exposto a mesma quantidade e tipos de hormônios, ou seja, uma forte evidência de que os cromossomos sexuais atuam em células individuais e podem desempenhar um papel nas diferenças entre cérebros masculinos e femininos.
Agora o que Arnold e sua querem saber é se células com essa informação genética específica está suscetível a doenças que ocorrem mais em um sexo do que em outro. Caso positivo, poderá ser indicado tratamentos específicos para a cura.
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