A força da mordida!
O cérebro da gente costuma fazer seu trabalho tão bem feito que a gente nem nota a força que faz para sustentar o peso dos braços (é preciso uma anestesia braquial para descobrirmos que são os músculos que mantêm o braço encaixado em sua articulação), a língua mexendo na boca quando se fala (só prestando atenção é que se nota), nem... a força com que esmagamos a mandíbula contra o maxilar quando mastigamos (segundo o programa do Animal Planet em que o apresentador insensato enfiava um medidor de pressão na boca de um hipopótamo, a mordida do animal, por exemplo, tem 780 kg de força). Não sei qual é a força da nossa própria mordida, mas sei por experiência própria que ela se faz notar quando o cérebro erra o mapa da boca e... morde o lábio junto com a comida. Ah, a dor.
Para piorar a situação, uma vez machucado e inchado, aí é que o lábio de fato "sai para fora do mapa" que o cérebro tem da boca - e as chances de morder o machucado ficam ainda maiores. O que, por sua vez, aumenta ainda mais as chances de morder o machucado já remordido. Resultado: um rombo descomunal na boca, que exige atenção forçada a cada mastigada para manter o lábio bem longe dos dentes.
É por isso, aliás, que não se deve comer depois do dentista, enquanto a boca ainda estiver anestesiada: sem receber informações precisas sobre por onde andam seus lábios, o risco de mordê-los com força junto com a comida é enorme. Pelo menos nesse caso a dor só virá depois...
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