Sobre escrever...

Coisa nº 54 para fazer no laboratório: tirar fotos maneiras.

Publiquei esse texto originalmente em meu Medium. Olha lá!

Pensei em começar a escrever que “consegui reservar umas horinhas do meu tempo para escrever essa publicação”, mas iria soar um tanto falso. Mesmo quando estamos em dias atarefados, sempre tem aquele tempinho dedicado ao ócio. Hoje, que estou escrevendo esse texto, aconteceu isso. Estou no laboratório e, mesmo com textos e outros assuntos da Pós para resolver, me vi fazendo nada.

O que a falta de internet não faz, não é?

Mesmo com minhas coisas no meu computador, algumas informações que preciso estão apenas na internet e, sem ela, fico meio atado. Tanto é que estou escrevendo esse texto no Word, companheiro de viagem das últimas semanas.

Não dei muitas as caras nas últimas semanas no blog. Estou em vias de qualificar[1] e estou escrevendo, escrevendo e escrevendo. Ao mesmo tempo, estou correndo atrás de artigos e textos para meu projeto de doutorado, que pretendo prestar ainda esse ano. Sem contar resumos para Encontros e outras coisas que aparecem de última hora.

Com isso, infelizmente, o blog foi ficando em segundo plano. O que realmente é muito triste.

Eu gosto de escrever, sério. Comecei com o blog em 2009, quando nem havia entrado na faculdade ainda. O blog era uma forma de divulgar ciência para os leitores e, ao mesmo tempo, uma forma de eu aprender mais sobre um assunto. Perdi as contas das vezes que, quanto tinha uma ideia para uma postagem legal, me descobri que não entendia nada do assunto (mesmo achando que sabia do que estava falando).

Isso mostra como nosso conhecimento é superficial e, se você se desafia a abordá-lo, você logo encontra lacunas nesse seu conhecimento. Muitas coisas que sei hoje aprendi durante a fase de escrita do blog.

Mas o mundo real tem obrigações que vão além de divulgar ciência.

Esse texto é um “me desculpe por não ter atualizado o blog o tanto como nós queremos”. Infelizmente as próximas semanas serão mais atribuladas, com tantas coisas para serem feitas. Embora tenha adiantado algumas coisas, sempre acabamos fazendo tudo para o final.

Eu sou brasileiro também.

Mas dará certo e espero voltar a escrever textos bacanas e infográficos em breve. São coisas que eu gosto e que não irei parar de fazer. Para mim é importante que cientistas[2] divulguem ciência para as pessoas. Não por que nós temos acesso a esse tipo de informação, mas por que devemos fazê-lo.

Tenham um pouco de paciência comigo, “I’ll back... soon”.

P.s.: a página do blog no Facebook está em constante atualização, publicando notícias sobre ciência e postagens de blogs amigos, além de imagens e gifs legais com temática científica. Curta! =D

Rodapé:
[1]: qualificação é um processo anterior à defesa do mestrado ou doutorado. Ela serve como um momento antes da defesa para corrigir erros metodológicos que podem ser arrumados, terminar sua pesquisa e contar com a cabeça de gente mais gabaritada no assunto afim de dar novos rumos para os dados que você obteve. É ruim, mas é bom, sabe.

[2]: desde criança tenho a imagem de que cientista é um cara super fod*. Sei que realmente não é tudo isso. Cientistas são pessoas como nós. Coisas erradas acontecem o tempo todo nos laboratórios e é quase um parto a escrita e publicação de um artigo. Ainda não me acho um cientista, mas um em formação. Independente de cientista ser uma profissão ou não, o cientista não apenas é, mas também ser um cientista. O cientista é um cara que manja muito dessa bela dama de séculos de idade, a ciência.

Imagem: arquivo pessoal (CC).

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